Respire o meu pó e sinta-o conter como vidro nas entranhas da alma e sangue, no coração que bate e nos olhos que fecham em recuo protegendo-se da luz daqueles que lhe vigiam. Sinta-o cortar e sussurrar em pedidos de socorro no escuro.
Em canto vazio isolado, ele sente medo, ele sente dor.
Sem cor e gosto, cheiro ou ação.
Respire o pó de vidro e sinta-o cortar, respire o pó e os demônios.
Eu tive as promessas e os confessares na escuridão do sonho profundo.
Sangue e dor, sangue e dor.
Pelo mar perdido olhando para dentro de si mesmo trancando-se em escuro só.
Eu vi as lembranças e as luzes no fim da floresta junto aos galhos secos vermelhos.
Deuses e santos cruéis em apostas mentirosas e sangrentas à custa do prazer da dor dos perdidos, sozinhos caídos no escuro do sofrimento da dor.
Diferentes cores, diferentes tons. Por cada erro cometido, eu levei a culpa. Diante dos cegos, diante da verdade e certezas que tanto julgam em verdades reais da razão incompreendida. Tão estranho e sem direção em ser naquilo que lhe criam e mastigam sem dó, matando e matando aos poucos.
Queimar de uma vez, uma arma carregada não irá te libertar, é o que você diz. Uma voz que ri e outra que chora. Dentro isolado em estagnação descontentada sem limites certos de dor que machuca e maltrata.
Uma chance para admirar e observar a distancia.
Você saberia o que sinto? Teria alguma certeza do que sou?
Uma mudança de cena sem lamentos.
A tensão é tanta, não se pode mais aguentar.
Afaste-se de mim, por favor, afaste-se.
Veja só, o meu lado, veja só como é estranho
Era eu, esperando por mim, esperando por algo mais
Agora veja eu esperando por outra coisa
Não tente me entender ou se perderá, por favor afaste-se.
Não segure minha mão ou se fará perdida em meu olhar.
Sem promessas ou meios maduros, o que me causa em ser não são certezas e sim o que se acontece sem planos e horas incertas.
Eu vi os estiramentos no meio e me observei do outro lado da dor.
Sobre o gelo e através do fogo.
Jonathan Villaça
quarta-feira, 11 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Doce Inferno
Minha fome, meu
desejo
É por vida e morte
É pelo desconhecido
insano profundo de amor e amargura
Dor e liberdade em
mergulhos profundos que causam calafrios
Verdades escondidas e
inexploradas, eu exploro e desafio
Tenho sede, fome e
estranheza desconhecida procurando desvendar segredos
Sede junto à fonte eu
morro, eu sinto sede desde o nascimento e criação
Não me digas e não me
imponhas
Não digas nada, nada
que digas me fará verdade por ter sido dita
Não estou pelo criado,
estou pelo desconhecido
Desvendar e criar um
novo mito para que sejas descoberto
A necessidade escarra
em escravidão miserável do necessitado que tanto depende.
Eis que lobos surgem e devoram sua alma. Seu direito de viver e morrer escravizados em dor eterna.
Eis que lobos surgem e devoram sua alma. Seu direito de viver e morrer escravizados em dor eterna.
Qual fora o demônio
que me fizestes em mistérios ocultos e vinho místico de sedução noturna?
Sob lua cheia e
perfume de aroma vermelho do nada posso dizer e do chegas e faças?
Eu sou a maçã do
éden, o sacrifício noturno e o sol do novo mundo.
Livre e desconhecido.
O sano insano
angélico, capaz da maior ternura e dor.
Amor intenso.
Anjo bom, Anjo mau.
Desejo e luxúria, Qual fora o demônio?
Inocente e profano, rei e lobo.
Perigoso e extremamente inteligente.
Rostos desaparecem em miragens...
Não há um encontro.
Escondido em floresta noturna, mistério e força, meu maldito supremo.
Minha febre.
Jonathan Villaça
Desejo e luxúria, Qual fora o demônio?
Inocente e profano, rei e lobo.
Perigoso e extremamente inteligente.
Rostos desaparecem em miragens...
Não há um encontro.
Escondido em floresta noturna, mistério e força, meu maldito supremo.
Minha febre.
Jonathan Villaça
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