domingo, 11 de agosto de 2013

Pequenos rastros e fendas

Todos os pesadelos foram meus
Todos os horrores foram meus
Todos os motivos foram meus
Onde eu poderia jogar o meu eu pessoal?
A alma parece queimar, meu estômago e minha ânsia

Se eu nao consigo dormir, suas imagens me assombram e sua presença sapateia sobre o meu ser.
Onde é que está agora?
Jogue sal grosso sobre minha carne, me conserve em um pote de vidro.

Eu não tenho o direito
Vento quente, leve-me aos seus sinos silenciosos

Force-me um sorriso, um disfarce
Um olhar, uma criança
Uma presença, uma esperança
Um vazio, uma garrafa que me traga alguma paz

Ninhos de sal, caiam sobre minhas feridas
Vento de chuva, espuma e vestígios do que sobrou

Eu me sinto cansado e com raiva

Cave seu pequeno buraco, verdade guardada em segurança
Eu serei meu próprio convidado em minhas esperanças enterradas.
Eu serei meu próprio alimento longe dessa loucura.
Vou prender a mim mesmo e vestir uma proteção.
Sufoco e reação é tudo o que temos.

Atestado para o invisível
Acalente seu irmão, seu amigo
Amordace-o antes do inferno.

Jonathan Villaça

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