quinta-feira, 9 de abril de 2015

Prévia suja

Lá vem ela, toda gostosa, e eu nem ligo, nem me importo...
Apenas penso, e me tranco cá dentro, sem disfarce algum, cruelmente querendo o gosto do seu tempero amargo, doce e sujo.  Esse sou eu... Um puto cínico.

Não existe amor, embora eu lhe ame agora, mas nesse momento...

De canto, no escuro, a luz fraca de outro dia sobre seu rosto...


Sua proposta me seduz, me inquieta e invade meu sono...
Meu sonho, meu esquecimento pelo alheio, nada me interessa mais.
Minha sede e minha fome se concentra naquela cena suja, você toda nua e suada... Sua pele sobre a minha... Seus movimentos, seu olhar feroz...
Faça-me sangrar agora, amor; enterre suas unhas sobre minha pele...
Sou seu marginal, sou sua dor... Seu sofrimento, seu prazer...

O vento seco sobre o rosto, o cheiro de vela...
Então escorre sangue pela boca... - Essa filha da puta, ela é mesmo uma delícia.

Jonathan Villaça

Vômito

Desdobra-me, não se vá no agora de outrora, não me toque tão fria, não me faça tão rígido.
Você mulher, foi a porção do veneno, da loucura...
Tu, mulher, me deixaste embriagado.
Então se foi em silêncio, transformando-me vítima da ilusão.
Tu, mulher, me cavou profundo vazio...
Com o gosto de sangue escorria pela boca, com a cegueira da luz que me roubou.
Demônio, beleza essa a sua de tão suja.
Quero lhe dizer, que não me importo mais... Pois nada sinto.
Engana-te tu, na sua verdade que ao impor  tornou-se a mentira.

Jonathan Villaça

 
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