domingo, 6 de janeiro de 2013

Um gosto estranho na língua


Quero sugar sua poesia, seu mel.
Quero sugar sua flor, seu perfume.
Seu amor, sua dor, seu horror.
Quero seu horror, seu amor até o ultimo agora. Porque quero estar ao seu lado seja céu ou inferno.
Demolirei e construirei castelos, matarei príncipes e lhe mostrarei a face.
Lhe darei o sangue, lhe darei a verdade.
Lhe darei o horror, o amor.
Lhe mostrarei a beleza que nasce da podridão.
Lhe mostrarei a pureza de que somos reais.
Que tenho um paraíso e um inferno dentro de mim.
De que todos somos nós, e que também somos assim.

O cheiro de flor que exala do lixo, e o beijo que nos leva ao paraíso.
O insuportável cheiro de podre que exala da morte daqueles nos traem, daqueles que morrem.
O som do desprezo.

Tenho o amor dentro de meu peito, tenho o horror.
Lhe mostrarei toda a dor, baby.
De quem segura no colo e de quem deixa cair.

Meu coração salta ao olhar para o céu e um arco-íris ver.
Assim minha vida começou, assim um homem se forjou, e assim será ao envelhecer e ao morrer.
A criança é pai do homem.

Quando você olha para a vida numa sala nova e estranha, talvez se afogando em breve, será o começo de tudo?

...


A existência...
Bem, o que importa?
Eu existo da melhor forma que posso.
O passado, agora faz parte do meu futuro.
O presente está fora de controle.


... Instintos que ainda podem nos trair.
Uma jornada que leva até o sol,
Desalmado e inclinado à destruição.
Um conflito entre o certo e o errado.
Assuma você o meu lugar no confronto final.
Eu observarei com um olhar cheio de pena.
Humildemente invocarei o perdão.
Um pedido muito além de você e de mim.

Um abismo que durou toda a criação.
Um circo completo com todos os tolos.
Fundações que duraram eras afora.
Então arrancadas pelas raízes.
Além de todo este bem, há o terror.
O pulso firme de uma mão mercenária,
Quando a selvageria retorna por uma boa razão.
Não há como retornar ao último enfrentamento.

Então, isso é a permanência...
Amor, Orgulho, Estilhaço.
O que antes era inocência, agora foi revirado, assassinado.
Uma nuvem paira sobre mim... Marcando cada movimento na memória do que uma vez foi o amor.

Coração e alma, um irá queimar.








Jonathan Villaça


Um comentário:

  1. Parece-me uma viagem ao eu que ninguém jamais saberia identificar.A criação, a recriação, a morte e o renascimento. Esses saberes que a vida nos empurra e que só gente sem personalidade engole."Coração e alma, um irá queimar", fortíssimo, lindo, poético!Sempre !

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