sábado, 9 de março de 2013

O sentimento de angustia


O que venho sentido, é o tempo, o tempo que levamos para notar o amor de quem realmente está ao nosso lado.
O tempo que desperdiçamos com coisas fúteis.
O tempo que desejamos liberdade, mas uma liberdade limitada em um tempo que passará e não deixará rastros de amor.
Um tempo que passará, e nos restará somente solidão.

O tempo do desperdício, onde um dia achou que estar livre é somente seguir e fazer somente aquilo que sentes vontade.
A liberdade não consiste somente em fazer sua própria vontade, mas as vezes também em fugir dela.
Assim como o amor não está somente em amar quando merecer ser amado, mas amar também quando não houver mérito, quando não merecer ser amado, e então estarás pondo em prática o real sentido da palavra "Amar"
Assim estarás colocando em prática o amor que revela o real sentido do sentimento.


Vago pela madrugada, penso em me livrar desta vontade.
Puxo o ar em encontro aos meus pulmões, mas não é o suficiente.
Falta alguma coisa.

Esta velha angústia...
Esta angústia que trago há séculos em mim.
Transbordou da vasilha.
Em lágrimas, em grandes imaginações.
Em sonhos, estilo pesadelo sem terror.
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.
Transbordou.

Um dia, você sente algo pelo qual nunca sentira, e você tem certeza.
Tem certeza que guardará aquilo para sempre.

Falta alguma coisa.
Quando você para pra pensar, você pensa em um precipício.
Você olha para baixo, pensa em se jogar...
Você não sabe se há um fim, mas você sente que deve fazer aquilo.
Não há uma razão.
Só há loucura, e seu corpo treme.
Sente seu coração bate forte, sente um aperto no peito.
Sente vontade de chorar feito criança.


Você sente saudade e não sabe do que.
Tem a sensação de estar incompleto.
Um frio selvagem lhe toma por completo.
Me sinto mal.

Um internado num manicômio é, ao menos, alguém.
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Pálido e frio
Estou lúcido e louco.
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.
Estou assim...

Estou doente, e a cura me ignora.
Ela quer me deixar morrer.
A cura não quer me curar.
A cura tornou-se meu inferno, minha loucura.

Eu sou o horror dos meus horrores.
Eu sou a maldição que me amaldiçoa.

Enquanto eu tentava lhe chamar atenção.
Enquanto eu lhe observava atentamente...
Você me oferecia o seu ombro virado
Tudo isso, e eu dormi calado.


O tempo...
Perdeu seu tempo.


Jonathan Villaça

04:46

10/03/2013

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