Lá
vem ela, toda gostosa, e eu nem ligo, nem me importo...
Apenas penso, e me tranco cá dentro, sem disfarce algum, cruelmente querendo o
gosto do seu tempero amargo, doce e sujo.
Esse sou eu... Um puto cínico.
Não existe amor, embora eu lhe ame agora, mas nesse momento...
De canto, no escuro, a luz fraca de outro dia sobre seu rosto...
Sua proposta me seduz, me inquieta e invade meu sono...
Meu sonho, meu esquecimento pelo alheio, nada me interessa mais.
Minha sede e minha fome se concentra naquela cena suja, você toda nua e
suada... Sua pele sobre a minha... Seus movimentos, seu olhar feroz...
Faça-me sangrar agora, amor; enterre suas unhas sobre minha pele...
Sou seu marginal, sou sua dor... Seu sofrimento, seu prazer...
O vento seco sobre o rosto, o cheiro de vela...
Então escorre sangue pela boca... - Essa filha da puta, ela é mesmo uma
delícia.
Jonathan Villaça
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